quinta-feira, 30 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Dissipado pelo tempo, foi assim que o homem se viu.
Não podia mais errar, nunca pode. Nunca errou.
Lutou enquanto era possivel, mas se entregou, se esqueceu por que lutava. Perdeu todas as guerras por um unico motivo. O orgulho.
Prefereriu todas as foices da negação, preferiu todos os malditos cortes, cortes que em alguns casos foram tão profundos que ficaram gravados na alma. Preferiu tudo isso ao inves de adimitir o erro.
De fato, não podia mais errar, não havia tempo, foi assim que ele se viu.
/Olivroquenaotinhanome.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Andou por todos os lugares, viu tudo que podia ter visto, bebeu quase em todos os bares e de todos os tipos de bebidas, caiu na maioria das sargetas e dormiu por quase todas as casas, passou metade de suas noites sem pensar e perdeu mais da metade do seu tempo sem fazer nada, não chorou nenhum dia de tristeza só sorriu e sorriu diante das piores desgraças de sua vida, não ligou para nada, apenas quis seguir e esquecer. Para esquecer bebeu mais, fumou mais, cheirou mais, para esquecer dormiu menos, pensou menos e por fim se matou mais. Porém mesmo assim se sentia vazio e nada de tudo que havia feito preenchia aquele imensuravel vazio e aquela distocida solidão. Por fim chorou, chorou ao ver que nenhuma palavra preencheria seu quadro negro, mas sorriu, sorriu por ainda acreditar que poderia tocar as palavras.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Close your eyes and I'll kiss you 'cause.
- Cada pequena brecha, cada pausa no olhar, o sopro da respiração, a pulsação, eu posso sentir. E quando você quiser, posso viver e morrer ao mesmo tempo. Amar por completo e ser incompleto. Feche seus olhos e eu te beijarei, porque.. Existe a pausa do olhar e é quando sinto que seus olhos podem me tocar. Apenas feche seus olhos e eu marcarei sob o céu nossa historia.
/ Olivroquenaotinhanome for B.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !José, pra onde ?