sábado, 7 de dezembro de 2013
Ele tem um coração que bate, perdido e descompassado, e agora se sente abandonado. Sobre os pés uma ponte, um par de sapatos, escondidos pela escuridão da noite. Quer perder-se ali, nunca mais ter que se preocupar com o tédio dos dias que haviam o cegado. Não podia mais ver o amor, nem senti-lo de fato. Estava ali a passear, trazendo em seus bolsos, falsos sonhos, falsas palavras. Estava mudo, não tinha voz para trazer ao mundo uma canção que talvez recuperasse a alegria.
O céu possuía algumas estrelas, mas nenhuma visível aos olhos daquele viajante.
Quando um homem tudo sabe e nada sente, quando um homem lê 5 mil livros, conhece o mundo, mas só traz disso uma espécie de nostalgia neutra, uma certeza surge no mundo: a morte dolorosa pelo tédio.
//Olivroquenaotinhanome;
Livra-te e livra-me desse tormento. Não deixe que a sombra seja meu único refúgio. Não me deixes definhar diante dos teus olhos. Queima-me vivo e sinta em minha carne a remissão dos pecados, mas queima-me, não deixe-me entrelaçada nos doces braços da solidão. Dê a mim um ultimo suspiro, e deixa-me viver na paz de um sorriso.
//Olivroquenaotinhanome;
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
A
musica estava lá, presente num pedaço inteiro de corpo, num ritmo que
matava a cada pausa, um coração que sofria por minha alma, que naquela
musica não queria ser pedaço de corpo inteiro, queria ser alma de mim,
da musica e de todas as notas desperdiçadas no salão. Tigres venenosos,
astros luminosos, um desejo que me lembrava como é ter asas, que me
matava, um vicio! Que me salvava, amarrando-me amortalhado numa pureza
exata. Sou da cabeça aos pés o que essa dor e essa luz retratam,
luxuria, pecado, um Deus! A completude renegada.
//Olivroquenaotinhanome;
//Olivroquenaotinhanome;
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