segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014



Os relacionamentos não são frustrados. Já ouviu a frase "aceitamos o amor que acreditamos merecer"? Nós somos frustrados. Sempre conhecemos as pessoas com quem nos relacionamos. Nós nos enganamos a respeito delas. Acreditamos no que queremos. Além do mais tudo é um ganho. A dor nos abriga a crescer. A parte ruim é que depois de sofrer muitas pessoas desligam suas emoções. E geralmente as religam com pessoas erradas. Mas quem são as pessoas certas?
Não existem. Nós somos as pessoas certas. E quando percebemos isso, ai sim, talvez tenhamos algum relacionamento de verdade. Mas isso não vai acontecer. Por que somos inconstantes, e é essa a maravilha e a grande desgraça da humanidade.
Amamos o doce abraço da solidão tanto quanto amamos o abraço de alguém que amamos.


//Olivroquenaotinhanome;

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cem anos de solidão





São cem anos, os anos da solidão de que García Márquez tanto falou, cem anos que não tiveram uma segunda chance sobre a terra. Uma geração de desgraçados se desgraçando diante de um silêncio mutuo quase palpável que chegou a ser nostálgico, provando a todos, que tudo não passa de uma questão de como despertar a alma, e que talvez nem cem anos sejam suficientes para isto. Um segundo talvez, mas cem anos, jamais.

//Olivroquenatinhanome;

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Inconsciente.


Um show de luzes, queimando, queimando. Mostre-me este universo. Estou a procura de algo que me faça querer perder tudo que conquistei. Então me diga que nada do que tenho vale a pena se eu não tiver amor. Diga a este sujeito que nada na vida vale a pena se ele não tiver amor. Mas espere, não vê estes olhos perdidos? Ele já tem uma musa, ele ama a escuridão e quando a noite cai ele pode girar, e girar e o mundo fica leve. Mas pela manhã o sol sempre vem destruindo toda magia de suas luzes e agora ele queima. Mostre a ele as luzes do dia, como elas brilham sem queimar. De a ele uma manhã florida e destrua seus dias cinzas. Ele está triste, mas ainda não sabe disso, ele sofre sem saber porquê. Dê a ele uma noite de sono e mostre como um sonho pode ser lindo. Dê a ele fogo, fogo e  mais fogo, e mostre o que se pode queimar. Ele é um sujeito que vive repleto de outro sujeito, sujeito este, feito nos moldes perfeitos da inconstância.  Talvez a psicanálise  dissesse que não ele não pode escrever como seu próprio inconsciente, mas se há dois "sujeitos", duas personalidades diferentes, se há trevas e luz, pode ele dentro de si, ser aquele que não é. Peça desculpas, é o que sempre lhe digo, por ser esse sujeito que como dom e vocação principal tem o desastre. Sempre se perguntando se haveria uma maneira de se esquecer de tudo, de ficar livre da angustia, mas todas as vezes concluindo que nada poderá o salvar disto. Há muito os dias tem sido tristes, nada parece verdadeiramente digno de um riso, e ele esta só, em silêncio, deixando com que as horas passem sobre ele. A preciosidade dos instantes morreu, e olhando a relação entre as pessoas não há nada além de hipocrisia. Estão todos tentando tirar, tentando achar, tentando filtrar, acalmar, achar um lugar, um aconchego para a dor que carregam no peito, buscando numa fração de segundo, o consolo de uma vida inteira.
Ele sabe de sua estupidez, mas numa guerra se matam homens para que outros homens vivam, e como consolo sabe que sua dor é a minha dor, e esquece-la seria como perder todo ar que me infla os pulmões de vida. Livra-te e livra-me desse tormento. Não deixe que a sombra seja meu único refúgio. Não me deixes definhar diante dos teus olhos. Queima-me vivo e sinta em minha carne a remissão dos pecados, mas queima-me, não deixe-me entrelaçado nos doces braços da solidão. Dê a mim um ultimo suspiro, um beijo velado pela luz do teu sorriso.

//Olivroquenaotinhanome;

sábado, 7 de dezembro de 2013


Ele tem um coração que bate, perdido e descompassado, e agora se sente abandonado. Sobre os pés uma ponte, um par de sapatos, escondidos pela escuridão da noite. Quer perder-se ali, nunca mais ter que se preocupar com o tédio dos dias que haviam o cegado. Não podia mais ver o amor, nem senti-lo de fato. Estava ali a passear, trazendo em seus bolsos, falsos sonhos, falsas palavras. Estava mudo, não tinha voz para trazer ao mundo uma canção que talvez recuperasse a alegria.
O céu possuía algumas estrelas, mas nenhuma visível aos olhos daquele viajante.
Quando um homem tudo sabe e nada sente, quando um homem lê 5 mil livros, conhece o mundo, mas só traz disso uma espécie de nostalgia neutra, uma certeza surge no mundo: a morte dolorosa pelo tédio.

//Olivroquenaotinhanome;

Livra-te e livra-me desse tormento. Não deixe que a sombra seja meu único refúgio. Não me deixes definhar diante dos teus olhos. Queima-me vivo e sinta em minha carne a remissão dos pecados, mas queima-me, não deixe-me entrelaçada nos doces braços da solidão. Dê a mim um ultimo suspiro, e deixa-me viver na paz de um sorriso.

//Olivroquenaotinhanome;

terça-feira, 3 de dezembro de 2013


Respire, sente-se, acalme-se, levante-se e caminhe na direção contrária, não siga o mesmo caminho, não se atreva a perder-se novamente pelos mesmo motivos.

//Olivroquenaotinhanome;

A musica estava lá, presente num pedaço inteiro de corpo, num ritmo que matava a cada pausa, um coração que sofria por minha alma, que naquela musica não queria ser pedaço de corpo inteiro, queria ser alma de mim, da musica e de todas as notas desperdiçadas no salão. Tigres venenosos, astros luminosos, um desejo que me lembrava como é ter asas, que me matava, um vicio! Que me salvava, amarrando-me amortalhado numa pureza exata. Sou da cabeça aos pés o que essa dor e essa luz retratam, luxuria, pecado, um Deus! A completude renegada.

//Olivroquenaotinhanome;